Executivos estão correndo para descarregar o estresse do trabalho
Corrida vira prática regular entre fundadores, CEOs e investidores como antídoto contra burnout, ansiedade e excesso de estímulo digital.

Correr é terapia.
Em um ambiente onde o ritmo de trabalho é intenso, a agenda é ininterrupta e o estresse parece inevitável, cada vez mais executivos estão encontrando na corrida algo simples, mas eficaz: alívio.
De maratonas a treinos matinais curtos, a prática se tornou parte da rotina diária de fundadores de startups, gestores de fundos, diretores de grandes empresas e até banqueiros. O motivo não é apenas saúde física — é equilíbrio mental, foco e descarga emocional.
Em um mundo hiperconectado, a corrida oferece algo raro: espaço para pensar — ou simplesmente não pensar. Sem telas, sem reuniões, sem pressão externa. Apenas ritmo, respiração e constância.
Nas redes como Strava, grupos fechados entre executivos compartilham tempos, rotas e metas. Para alguns, é o único momento do dia sem notificação. Para outros, é onde se tomam decisões estratégicas. “Corro para limpar a mente antes de reuniões importantes. É minha sala de guerra pessoal”, disse o sócio de um fundo de venture capital.
A prática também reforça disciplina e autocontrole — virtudes valorizadas no ambiente de alta performance. A corrida não exige talento nato, mas sim consistência. O mesmo que o mercado cobra.
No topo da pirâmide, correr virou mais do que exercício. Virou sobrevivência.