Os cofres estão abrindo em Singapura — e os ultra-ricos estão enchendo de ouro
Com a escalada dos riscos econômicos globais, novas tarifas comerciais e o temor de uma recessão sincronizada entre EUA, Europa e China, os ultra-ricos estão deslocando seus ativos físicos para fora do sistema bancário tradicional

Elite global aposta em ouro físico e tira fortunas do sistema bancário
#Os cofres estão abrindo em Singapura — e os ultra-ricos estão enchendo de ouro
Com a escalada dos riscos econômicos globais, novas tarifas comerciais e o temor de uma recessão sincronizada entre EUA, Europa e China, os ultra-ricos estão deslocando seus ativos físicos para fora do sistema bancário tradicional— e o destino preferido é Singapura.
Segundo reportagem da CNBC, uma das maiores emissoras de negócios do mundo, investidores bilionários estão armazenando quantidades recordes de ouro físico em cofres privados no país asiático. O mais emblemático deles é The Reserve, um prédio blindado de seis andares próximo ao aeroporto, que hoje guarda mais de US$ 1,5 bilhão em ouro e prata.
A demanda disparou: as ordens para armazenar metais cresceram 88% no primeiro quadrimestre, e as vendas de barras físicas saltaram 200% em relação ao mesmo período de 2024.
A motivação? Desconfiança. A volatilidade dos mercados, os riscos fiscais e bancários e o medo de novas crises como a do Silicon Valley Bank levaram a elite global a buscar ativos tangíveis e descentralizados.
“O ouro físico está ganhando força como proteção patrimonial direta — fora de bancos, fora do radar”, diz Gregor Gregersen, fundador da The Reserve, à CNBC.
Além da segurança, pesa a localização: Singapura é vista como a “Genebra do Oriente”, unindo estabilidade política, confidencialidade e status de hub logístico global.
Em tempos de incerteza, o movimento é claro: enquanto governos imprimem moeda e discutem novas taxações, os bilionários estão blindando seu patrimônio — em silêncio, em barras, e em Singapura.