“Sou capitalista e anti-woke” — Jamie Dimon, CEO do JPMorgan
Em meio a debates sobre ESG, ativismo corporativo e o papel político das empresas, o executivo mais poderoso de Wall Street reforçou sua visão: o foco do banco é crescimento, lucro e liderança global, e não agendas ideológicas.

Jamie Dimon, o banqueiro mais importante do mundo
“Sou capitalista e anti-woke” — Jamie Dimon, CEO do JPMorgan, deixa claro de que lado está.
Em meio a debates sobre ESG, ativismo corporativo e o papel político das empresas, o executivo mais poderoso de Wall Street reforçou sua visão: o foco do banco é crescimento, lucro e liderança global, e não agendas ideológicas.
Dimon traçou o plano para fazer do JPMorgan o primeiro banco do mundo a atingir US$ 1 trilhão em valor de mercado — uma meta ambiciosa que inclui expansão internacional, digitalização acelerada, aquisições estratégicas e uma postura mais “pragmática” em relação à cultura corporativa.
“Eu sou capitalista. Acredito em mérito, produtividade e geração de valor. E sim, sou contra esse movimento woke que tenta reescrever as bases do que nos fez crescer.”
Recentemente, em entrevistas à CNBC, Bloomberg e durante o Investor Day do JPMorgan, Dimon detalhou sua visão para o banco:
• Crescer com foco em eficiência operacional e inovação tecnológica, com investimentos pesados em IA, cibersegurança e automação bancária.
• Expandir presença internacional, especialmente em mercados emergentes e na Europa, onde o JPMorgan já comprou fintechs e bancos digitais nos últimos dois anos.
• Aumentar o controle sobre áreas estratégicas, como pagamentos, wealth management e banco de investimento — hoje um dos mais lucrativos do mundo.
O JPMorgan já vale cerca de US$ 773 bilhões e está isolado na liderança entre os bancos americanos. Para alcançar US$ 1 trilhão, o banco precisará crescer mais 36%, mas Dimon acredita que isso pode acontecer dentro desta década, se o banco continuar navegando bem em ciclos econômicos, mantendo sua vantagem competitiva.
Aos 69 anos, Dimon ainda não sinalizou uma saída próxima — e mesmo quando pressionado sobre sua sucessão, costuma desconversar.
“Quando não estiver mais aqui, vocês saberão. Por enquanto, ainda temos muito trabalho a fazer.”
Com lucros recordes, presença em mais de 100 países e mais de US$ 3,8 trilhões em ativos, o JPMorgan lidera entre os bancos globais.
Agora, ele mira um novo marco: tornar o JPMorgan a Apple do mercado financeiro.